Ginástica Laboral - O que é, Como Fazer e Quais os Benefícios
- Bruno Tarchetti
- 5 de jul. de 2019
- 3 min de leitura
Atualizado: 9 de jul. de 2019
Ginástica Laboral é uma série de movimentos orientados no ambiente de trabalho. Exercícios que desenvolvem força, flexibilidade e coordenação motora.

PARA QUE SERVE?
A ginástica laboral tem como finalidade prevenir patologias relacionadas à atividades laborais repetitivas. Praticá-la pode ajudar na qualidade de vida e melhorar a saúde de pessoas que fazem esforços repetitivos, além de todos os benefícios da ginástica. Normalmente as próprias empresas disponibilizam um espaço no ambiente de trabalho, como um posto de trabalho.
É uma prática que valoriza o trabalhador e mostra a preocupação das empresas com seus empregados e sua saúde. Torna o trabalho menos desgastante e não compromete a qualidade de vida dos colaboradores que ajudam a desenvolver as atividades dentro da empresa durante o período de jornada de trabalho.
A baixa adesão ao programa de ginástica laboral
Hoje em dia as empresas que trabalham com ginástica labora apresentam uma dificuldade frente a baixa adesão aos programas. Este artigo apresenta algumas hipóteses e explicações que poderão contribuir para orientar melhor os programas de ginástica laboral e aumentar a adesão voluntária dos trabalhadores.
Foi feito um levantamento inicial com os colaboradores da empresa a fim de entender o quadro geral.

São inegáveis os ganhos quando se permite ao trabalhador tomar consciência de seu corpo. Porém, a consciência do corpo passa por uma aprendizagem, na qual algumas crenças e condutas são revisitadas para serem desconstruídas. (LEAL & SOARES, 1999).
Diante de todos os dados resultantes desta avaliação do programa de GL, sugere-se que a última chamada a ser atendida antes da pausa destinada à ginástica se dê três minutos antes da mesma, tempo médio dos atendimentos. Essa "simples" recomendação cria uma possibilidade real para realização da ginástica e manutenção do programa como é de interesse dos gerentes e dos trabalhadores.
Essa possibilidade, ainda que real, não é condição suficiente para assegurar a adesão, que, como vimos, depende de uma mobilização subjetiva dos trabalhadores, a começar pela crença de que a GL possa trazer algum efeito útil. Desse modo, o incentivo de colegas, instrutores e gerentes ganha uma base mais concreta e efetiva, deixando de ser puramente verbal ou moral. É necessário reconhecer aqui a contradição fundamental dessa forma de organização e do cálculo de produtividade baseado exclusivamente no critério "tempo de atendimento", que leva os gerentes a otimizarem o tempo, preenchendo todos os poros da jornada de trabalho, tornando meramente formal o incentivo para se fazer ginástica.
Baseados na evidência de campo, que mostra ocorrer uma invasão do tempo da ginástica pela última chamada atendida, perguntaríamos se o aparente paradoxo da totalidade de respostas afirmativas quanto à necessidade da ginástica e do dado real que mostra a baixa adesão não seria elucidado ao levar-se em conta o trabalho real. Ou seja, parece que o trabalho não permite e, às vezes, impede a adesão ao programa, mesmo que este seja formalmente estimulado pelos organizadores da produção.
A ginástica, como qualquer outra recomendação ergonômica, deve nascer da análise detalhada dos constrangimentos e da variabilidade das situações reais de trabalho. Assim como um Equipamento de Proteção Individual (EPI) será deixado de lado se entrar em conflito com exigências do trabalho (qualidade, ritmo, eficiência...), a ginástica deve ser compatibilizada com as exigências do trabalho que gerou sua recomendação.

Recomendações para que o trabalho do profissional de GL seja mais eficiente e eficaz.
Avisar com antecedência aos funcionários ( 3 minutos antes de passa ar nas sala) para que os mesmos possam se preparar para a pausa destinada à ginástica.
Esclarecer aos funcionários constantemente sobre os benefícios da GL e conversar sobre temas diversos relacionados a saúde a fim de criar maior empatia com os mesmos.
Trabalhar com questões motivacionais e buscar o incentivo dos funcionários, colegas, instrutores e gerentes ganha uma base mais concreta e efetiva, tendo assim mais credibilidade ao programa.
Observar que em muitos momentos o trabalho não permite a adesão ao programa, por questões de organização, local ou produção; neste caso recomenda-se fazer as aulas antes do inicio do turno ou ao final do mesmo.
Observar situações que tragam constrangimentos e dificuldades aos funcionários, tais fatos podem afastar o aluno das aulas de GL.
Preparar aulas diferentes, ricas em mobilidade e movimentos, explorando toda a criatividade do profissional a fim de promover aulas mais interessantes.
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